DOENÇAS CROMOSSÔMICAS
Autora:
Irene da Silva Coelho Agronomia/98
O trabalho trata de doenças cromossômicas tais como: síndrome do miado de gato; síndrome dedeleção e duplicação do cromossomo 3; síndrome de Down; trissomia do 18; trissomia do 13; síndrome de Klinefelter; síndrome 47,xyy; síndrome do x(47,xxx); síndrome de Turner.
- DOENÇAS CROMOSSÔMICAS
Deficiências cromossômicas são em geral letais, mesmo emheterozigose, levando a perda zigótica, natimortalidade e mortes infantis.Contudo, algumas crianças com pequenas deficiências cromossômicassobrevivem o tempo suficiente para permitir a observação de algunsfenótipos anormais que elas expressam.As anormalidades dos cromossomos podem ser numéricas ouestruturais e envolver um ou mais autossomos, cromossomos sexuais, ouambos.
- ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA CROMOSSÔMICA
Quatro tipos de anormalidade da estrutura cromossômica são asdeleções, as duplicações, as inversões e as translocações. As deleçõesrepresentam seções faltantes nos cromossomos. Se a região removida for essencial à existência, uma deleção homozigota será letal. As dilecções heteroziotas podem ser letais ou não, e podem expressar genes recessivos descobertos pela dilecção. As duplicações podem causar um desequilíbrio no material genético, produzindo com isso um efeito fenotipicoo no organismo. Contudo, há boa evidência em diversas espécies, incluindo a humana, de que as duplicações podem levar a uma variedade aumentada de funções gênicas. Em outras palavras, as duplicações podem se uma fonte de material novo para evolução. Uma inversão é causada por um giro de 180
o
de uma porção de um cromossoma. No estado homozigoto, as inversões podem causar poucos problemas para um organismo, a menos que a heterocromatina estejaenvolvida e que assim seja exibido um efeito de posição. Por outro lado, osheterozigotos de inversão freqüentemente têm dificuldades de pareamentona meiose, podendo resultar uma alça de inversão. O
crossing-over
dentroda alça resulta em produtos inviáveis. Os produtos de
crossing-over
serão
diferentes para inversões pericêntricas (que abrangemo centrômero) e parecêntricas (que não abrangem o centrômero).Uma translocação implica a relocação de um segmentocromossômico em outra posição no genoma. No estado heterozigoto, astranslocações geram produtos meióticos com duplicação e deleção, que podem levar a zigotos não balanceados. Novas ligações gênicas podem ser produzidas por translocações. Tanto os heterozigotos de translocação quantoos de inversão podem ter fertilidade reduzida.Síndrome do miado do gato e síndrome de deleção e duplicaçãodo cromossomo 3 são exemplos de doenças que estão associados àalterações na estrutura dos cromossomos.
- SÍNDROME CRI-DU-CHAT (SÍNDROME DO MIADO DE GATO)
A Síndrome do miado de gato, na qual há uma deleção do braçocurto do cromossomo 5, recebeu essa denominação porque o choro dolactente afetado assemelha-se ao miado de um gato. É responsável por 1%dos pacientes com retardamento mental institucionalizados. A aparênciafacial é distintiva, com microcefalia, hipertelorismo, inclinaçãoantimongolóide das fissuras palpebrais, pregas epicânticas, orelhas deimplatação baixa, às vezes com apêndices pré-auriculares, e micrognatia.A maioria dos casos da síndrome do miado de gato é esporádica,mas 10 a 15% dos pacientes são filhos de portadores de translocação.Os pontos de quebra e a extensão do segmento deletado docromossomo 5p variam nos pacientes, mas a região crítica, ausente em todosos pacientes com o fenótipo, foi identificada como a banda cromossômica5p15.
Figura 1. Criança com síndrome cri-du-chat.
- 4. SÍNDROME DE DELEÇÃO E DUPLICAÇÃO DOCROMOSSOMO 3
Fenotipicamente, esta síndrome inclui um grupo de sintomasmórbidos: natimortos, mortes neonatais e abortos espontâneos. Na suamaioria, as gravidezes são perdidas , mas há crianças que sobreviveram etornaram-se probandos da investigação.A mal formação da criança viva inclui uma forma de cabeça torta;sobrancelhas baixas; cílios grandes; lanugo persistente; veias dilatadas nocouro cabeludo; hipertelorismo; fendas palpebrais oblíquas; um nariz muitocurto com uma base larga rebaixada e narinas antevertidas; maxila protusa;lábio superior fino; micrognatia; implantação baixa das orelhas; pescoçocurto e alado. Ocorrem freqüentemente manchas marrom, glaucomacongênito, córneas opacas, palato fendido e lábio leporino. A criança temdificuldade de sugar e engolir.Os cariótipos de bandeamento por quinacrina e por giemsa de umdos pais de uma criança afetada revelaram uma inversão inv(3)(p25p21).Figura 2. Criança de seis anos de idade com síndrome de deleção eduplicação no cromossomo 3.
- VARIAÇÕES NO NÚMERO DE CROMOSSOMOS
Métodos de Rastreio
Existem alguns métodos de rastreio deste tipo de doenças. mas os principais são a Amniocentese, que consiste na recolha do líquido amniótico durante o período fetal destinado para análise; a biopsia das vilosidades, que tem como base a recolhade um fragmento de tecido vivo para exame microscópico ou análise bioquímica; asmoléculas presentes no soro materno, que se resume a verificar se existem variações nosníveis de certas moléculas, pois no caso da síndroma de Down há o aumento da Inibina A edo B-hCG enquanto há diminuição do Estriol e da a-Fetoproteina.
Tratamentos
Até aomomento, como acontece com as outras patologias, não existe cura. Mas existem cirurgiasque se podem fazer para atenuar os efeitos físicos que acarreta esta doença (normalmente aocoração).
Aconselhamento
O casal deverá ser esclarecido sobre os mecanismos subjacentesao desenvolvimento da síndroma de Down, os aspectos fenotípicos, o risco de incidência para diversas idades maternas, os métodos de rastreio e de diagnóstico disponíveis e osriscos inerentes à sua prática. 18
Conclusão
Com a realização deste trabalho concluímos que as pessoas ao conheceremas causas destas doenças podem tentar evitá-las. No entanto, não podemos inibir totalmente o seu aparecimento. Porque não se consegue evitar a não-disjunção dos cromossomas homólogos. Os casais podem tentar não ter filhos a partir dos 35 anos, porque o risco denascer um bebé com sindroma de Down aumenta bruscamente com a idade materna. Por isto, achamos importante dar a conhecer as causas destas doenças para acautelar a população. Concluindo, as doenças cromossómicas são detectáveis através de métodos derastreios, tais como a amniocentese, a biopsia das vilosidades e ainda pelo soro materno. Aamniocentese consiste na colheita do líquido amniótico destinado a análise, a biopsia dasvilosidades consta da recolha de um fragmento de tecido disposto a um exame microscópicoou a uma análise bioquímica, por fim, a observação das moléculas do soro materno. Todasestas análises permitem a detecção de doenças no feto, considerando-se assim estes métodosde elevada importância. As doenças tratadas neste trabalho tiveram como origem a não-disjunção dos cromossomas homólogos e a idade materna avançada. As cromossomopatiasdividem-se em dois grupos, em autossómicas quando ocorrem nos cromossomas dos paresum ao vigésimo segundo e em heterocromossómicas quando dizem respeito a alterações doscromossomas sexuais. Exemplos de doenças autossómicas são a síndroma de Down,síndroma de Edwards e a síndroma de Patau, sendo estas trissomias. Doenças heterocromossómicas têm como exemplo a síndroma de Klinefelter e a síndroma de Turner,sendo esta última caracterizada como uma monossomia. O nome destas doenças deve-se aoseu descobridor. Estas anomalias convergem em alguns pontos, por exemplo nascaracterísticas das pessoas que contraem estas doenças como o atraso mental e em aspectosfísicas e psicológicos. Contudo, para além destas doenças existem ainda muitas outras quese podem estudar, basta ter um pouco de vontade. Bastou-nos um pouco de curiosidade econseguimos aprender um pouco mais.Pretendíamos sobretudo a realização de um trabalho sobre as doenças que nós consideramoscom mais interesse. Podemos dizer que tivemos um longo trabalho pela 19
frente, não estando por isso arrependidos, pelo contrário, foi uma boa aposta. Não só nosentido de completarmos o nosso saber mas também o conhecimento que podemos dar à população alertando-a para as causas destas doenças. 20
Bibliografia
Regateiro, Fernando,
Manual de Genética Médica
. Imprensa da Universidade, Coimbra,2003.Mascarenhos, Sandra,
Enciclopédia de Saúde
. Mariana Editores.L., Manuila, et alli,
Dicionário médico
. Masson, 1ª Edição, Lisboa, Maio 2000. Vol. 1/2.Sítios da Internethttp://www.chc.min-saude.pt/hp/genetica/down.htm, em março de 2007http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D280%26cn%3D1486, em marçode 2007http://www.mni.pt/guia/index.php?file=guia-artigo&cod=75&, em março de 200721
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 2BREVE INTRODUÇÃO 4SÍNDROMA DE PATAU 5SÍNDROMA DE EDWARDS 7SÍNDROMA DE TURNER 10SÍNDROMA DE KLINEFELTER 13SÍNDROMA DE DOWN 15CONCLUSÃO 18BIBLIOGRAFIA